MUSE - Pavilhão de Angola 2015 - 2 Milhões de visitantes

Pavilhão de Angola conquista Prémio de Melhor Pavilhão

Com 5 prémios e um record absoluto de 2 milhões de visitantes, o Pavilhão de Angola na Exposição Mundial de Milão é o grande vencedor em todas as categorias.

– 1.º Prémio: Melhor Pavilhão – Class Expo Pavilion Heritage Awards
– Medalha de Prata: Melhor Desenvolvimento do Tema BIE – Bureau International d’Expositions
– Medalha de Ouro: Institucional BIE – Bureau International d’Expositions – Steering Committee of Pavilion Commissioner General, para Albina Assis Africano, presidente e comissária-geral de Angola
– Prémio Especial: World Association of Agronomists (WAA) – Class Expo Pavilion Heritage Awards
– Prémio Especial: Women and Architecture ArcVision – WE Women for Expo para a arquiteta angolana Paula Nascimento

Dia 27 de outubro, às 13h47, o visitante número 2 milhões cruzou as portas do Pavilhão de Angola na Expo Milão 2015. Um recorde absoluto de visitantes ao Pavilhão de Angola que vai ficar na história da participação do país em exposições mundiais.

Foram mais de 13 mil visitantes por dia que em média visitaram a exposição do Pavilhão de Angola ao longo dos últimos seis meses que explorou o tema Alimentação e Cultura: Educar para Inovar.

Desde que a EXPO Milão abriu as portas em Maio que o Pavilhão de Angola foi considerado pelos visitantes como um dos pavilhões mais espetaculares. Apontado entre os 5 melhores pavilhões, foi líder de recomendações e de popularidade em vários tops de websites e de meios de comunicação.

No website ExpoAdvisor, o Pavilhão de Angola esteve sempre no 1.º lugar do top de votações do público, descrito como um dos pavilhões que não se poderá deixar de visitar. A grandiosidade e beleza arquitectónica do Pavilhão de Angola, com a sua imponente e original fachada em madeira, com a inscrição Angola, atraem a atenção dos visitantes logo à entrada da exposição.

A par da originalidade e beleza do conceito arquitectónico, um imbondeiro que assume a forma de uma árvore expositiva, o espaço é também distinguido pela forma como tema global da exposição foi interpretado, oferecendo uma experiência de visita muito diversa e vibrante.

Os prémios conquistados pelo Pavilhão de Angola

Após 184 dias de exposição, a Expo Milão que elegeu o tema “Alimentando o Planeta, Energia para a Vida” chega ao fim, com o pavilhão angolano a culminar uma admirável campanha, atingindo um amplo reconhecimento e conquistando cinco importantes prémios.

Entre estes, o Prémio de Melhor Pavilhão da Exposição Mundial Milão 2015, atribuído pela Class Expo Pavilion Heritage Awards, competição que distingue o pavilhão que melhor soube comunicar e interpretar o TEMA da EXPO “Alimentando o Planeta, Energia para a Vida” e que maior legado deixa para o futuro da humanidade.

O concurso, organizado pela Class Editori e Laureate International Universities, tem por base a avaliação de estudantes de todo o mundo e de reputados especialistas de design e arquitetura, e tem como objetivo distinguir os projetos que mais contribuem para a inovação na arquitetura e no design, nas vertentes da funcionalidade e da sustentabilidade.

O Pavilhão de Angola recebeu ainda o Prémio Especial (WAA) pela Associação Mundial de Agronomia, atribuído em conjunto com a Ordem Italiana dos Engenheiros Agrónomos e Florestais, na competição Class Expo Pavilion Heritage Awards. Nesta competição, superou os favoritos, conseguindo o 1.º lugar, à frente do Pavilhão Zero, em representação da ONU e FAO, e do Pavilhão de Israel.

Angola recebeu também a Medalha de Prata do Bureau International d’Expositions, prémio que é considerado um dos mais importantes da exposição, conquistando o segundo lugar na categoria para Melhor Desenvolvimento do Tema da Exposição, centrada nas práticas de alimentação e de nutrição.

A Medalha de Ouro Institucional atribuída ao Steering Committee da Expo pelo BIE – Bureau International d’Expositions foi entregue à presidente do comité diretor dos comissários-gerais e também comissária-geral de Angola, Albina Assis Africano. Com o reconhecimento do excelente trabalho à frente da estrutura coordenadora dos comissários-gerais dos 145 países participantes, a comissária angolana foi a primeira africana a receber uma distinção deste nível no seio do BIE.

O prémio especial WE – Women for Expo com a colaboração da ARC VISION – Women and Architecture, uma iniciativa especial da EXPO e do Italcementi Group que reconhece o contributo das mulheres arquitetas foi atribuído à arquiteta Paula Nascimento, membro da equipa responsável pelo projeto do Pavilhão de Angola.

Angola: Alimentação e Cultura Educar para Inovar

A participação de Angola na Expo de Milão 2015 quis ir além da resposta ao desafio lançado pela organização com o tema “Alimentando o Planeta, Energia para a Vida”, mostrando também os princípios da cultura e do papel da educação na inovação. A comissária-geral de Angola para a EXPO Milão, Albina Assis Africano, sublinhou o objetivo da presença de Angola em Milão: “Apresentar a identidade angolana, país do coração de África e divulgar toda a riqueza e diversidade da arte e culinária angolana.”

Com uma arquitetura inspirada num escultural imbondeiro, o Pavilhão de Angola distingue-se pela sua fachada original e imponente, pela sua excelente localização e implementação no espaço. Um espaço interativo e vanguardista que faz uma simbiose das tradições da alimentação com a educação para um futuro sustentável da terra e das pessoas.

Pavilhão de Angola

O espaço de exposição e a programação temporária foram outros dos seus pontos fortes. O espaço, composto por áreas expositivas e de lazer, áreas de restauração e jardins, revelou-se ao público como um lugar único, permitindo a realização de uma viagem sobre o país, a descoberta do seu património alimentar e gastronómico e o conhecimento das tradições culinárias angolanas, produtos, rituais e cerimónias.

Do mar ao campo de Angola, da semente à produção e consumo, da nutrição à alimentação, os visitantes são levados através de uma viagem que percorre as fontes de alimento, trabalho e cultura. A dieta angolana serviu de mote para a educação para as práticas e estratégias de crescimento sustentáveis. São quatro percursos expositivos paralelos que se complementam e se desenvolvem em torno do contexto ambiental, social, gastronómico e cultural de Angola.

O imbondeiro, árvore sagrada e fonte de alimento, colocado no centro do pavilhão, é o ponto de partida para esta viagem cultural e gastronómica, através da alma e expressão Angolana e dos recursos da terra. O tronco e ramos da árvore, com os seus frutos, representam a força e o papel da mulher angolana. A figura feminina é homenageada como guardiã da tradição e promotora da educação, essencial na produção e preparação de alimentos, influente nos processos culturais da maternidade e da família, da higiene, saúde e segurança, da economia doméstica, da educação e transmissão da cultura e valores angolanos.

O conceito arquitectónico: o imbondeiro

Com cerca de 4 mil metros quadrados, o pavilhão angolano é o maior pavilhão de entre os participantes do continente africano e o maior que Angola já apresentou em exposições internacionais e universais.

Descrito como um dos pavilhões imperdíveis, o Pavilhão de Angola destacou-se pela excecional beleza arquitectónica e grandiosidade, sobressaindo a sua original fachada em madeira, com a inscrição Angola.

No centro do conceito arquitectónico, está o imbondeiro, árvore que simboliza a fonte de vida e de alimento, colocado estrategicamente no centro do espaço e que assina o ponto de partida para a viagem cultural e gastronómica à volta da cultura angolana. O Pavilhão de Angola ofereceu aos visitantes uma experiência simultaneamente recreativa e educativa, combinado a natureza e tecnologia, tradições e futuro.

0 projeto inovador teve como objectivo fundamental mostrar Angola ao mundo a partir da identidade contemporânea angolana e da sua diversidade cultural, com expressão na gastronomia e nas diversas formas de utilizar os recursos naturais. O projeto de museografia da exposição materializou-se numa experiência muito visual e emocional, sintetizada num espetáculo multissensorial.

A par da originalidade da arquitetura, a interpretação temática, os conteúdos expositivos e a riqueza das experiencias multissensoriais sobre a alimentação e a cultura mereceram o reconhecimento dos visitantes que o elegeram como um dos cinco melhores pavilhões e verdadeiramente imperdível.

A partir da ideia original da árvore expositiva central, o projeto arquitectónico desenvolveu-se em torno de uma estrutura constru-ída em madeira lamelada, privilegiando uma forma natural e de grande expressividade. A natureza é integrada de modo vivo no espaço, com jardins, árvores, trepadeiras e arbustos, oferecendo uma percepção muito próxima da imagem da natureza Angolana.

A estrutura retangular do pavilhão, marcada pelo fachada inspirada na geometria típica dos têxteis artesanais angolanos, divide-se em quatro níveis, um jardim e diferentes áreas expositivas.

O escultural imbondeiro, colocado no centro do pavilhão, é o ponto de partida para esta viagem cultural e gastronómica, através da alma e expressão angolana e dos recursos da terra e do mar. O tronco e ramos da árvore, com os seus frutos, representam a força e o papel da mulher angolana. A figura feminina é homenageada como guardiã da tradição e promotora da educação, essencial na produção e preparação de alimentos, influente nos processos culturais da maternidade e da família, da higiene, saúde e segurança, da economia doméstica, da educação e transmissão da cultura e valores angolanos.

Ao longo dos percursos que se podem desenvolver no pavilhão, o visitante é desafiado pelos odores e texturas dos produtos que são a base da alimentação angolana, plantas, sons, danças e tradições. Uma verdadeira viagem através da riqueza e diversidade da comida angolana para compreender a alma de Angola e para que as gerações futuras se apropriem das tradições para uma inovação sustentada das práticas alimentares.

O discurso expositivo foi construído de modo a oferecer aos visitantes uma reflexão sobre a cultura alimentar e os recursos naturais de Angola e a incentivar para a consciencialização de práticas para o desenvolvimento sustentado.

O pavilhão foi concebido de modo a permitir a complementaridade da exposição com uma estrutura muito funcional, com palcos e zonas para eventos e exposições temporárias, laboratórios e workshops, nos quais se destaca um restaurante tradicional, um restaurante laboratório e as hortas pedagógicas. Há ainda uma área dedicada às crianças.

Mostrar Angola ao mundo

0 projeto inovador, liderado pela comissária-geral de Angola, Albina Assis Africano, teve como objectivo fundamental mostrar a identidade contemporânea de Angola e a sua diversidade cultural.

“Um dos principiais objectivos da exposição é que, o visitante, ao percorrer os vários espaços, apreenda o espírito de Angola. Seja através de belos e surpreendentes cenários, de hortas pedagógicas, ou de uma deliciosa muamba”, explica a comissária.

Com a participação nas exposições mundiais, Angola procura desenvolver novas redes e consolidar uma voz africana, mostrando ao mundo o papel do continente no desenvolvimento mundial. A presença na EXPO Milão coincide com a participação de Angola na Bienal de Veneza, reforçando a projeção da imagem da contemporaneidade de Angola e também do seu compromisso com a sustentabilidade.

O Pavilhão foi visitado por inúmeras personalidades de relevo nacional e internacional. As celebrações do Dia Nacional de Angola foram presididas pelo vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, com a participação de vários ministros angolanos e responsáveis do estado angolano. A nível internacional, destacam-se as visitas da presidente da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, de representantes do Vaticano, do Parlamento Europeu, da República de San Marino, e ainda muitos outros representantes políticos e diplomáticos do país anfitrião, entre os quais Sergio Mattarella, presidente de Itália.

O projeto arquitectónico e museológico

A direção do projeto arquitectónico e museológico é da Atlantic Alliance | Muse, que operou numa lógica de conceito chave-na-mão, tendo colaborado na concepção, arquitetura e design, museografia, produção de conteúdos e audiovisuais, engenharia, construção e tematização, coordenando uma equipa multidisciplinar e multinacional de profissionais.

A estrutura do pavilhão dá especial atenção à utilização de materiais sustentáveis e pode ser desmontada.

PAVILHÃO DE ANGOLA | EXPO MILANO 2015

Projeto de Arquitetura e Museografia
Com uma equipa experiente e um portfólio que inclui 23 pavilhões em 6 exposições mundiais e vários prémios internacionais, a MUSE – MUSEUMS & EXPOS é especialista em consultoria cultural e desenvolvimento de projetos em museus, exposições, parques temáticos e outros espaços culturais.

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